É demasiado fácil acusar os outros de serem tudo e mais alguma coisa. É demasiado difícil fazermos uma análise introspectiva e perceber como realmente somos. Normalmente, acusamos os outros de serem aquilo que nós somos, mas que temos muita dificuldade em admitir. Porquê? Porque, mais uma vez digo, é muito mais fácil acusar os outros! Porque temos tendência de transferir para os outros as nossas faltas. Como tal, não percas muito tempo a reflectir sobre a humildade, pois quem te acusou de falta dela é que deveria olhar para o seu coração e ver o que é que se passa lá dentro.
Haverá momentos em que acabo por cair na tentação de ser pouco humilde. mas isso, não acontece apenas comigo! Acontece com todos nós... Porque somos humanos. Contudo, reconhecer esses momentos, já representa alguma humildade, não?
A humildade é uma virtude humilde: ela até duvida que seja uma virtude! Quem diz que a tem, talvez esteja a mostrar que lhe falta… ou a colocar a máscara de um orgulho muito subtil! Inconsciência? É antes a consciência extrema dos limites de qualquer virtude, e de si. É a virtude dos santos. É essa tristeza verdadeira de sermos apenas nós. Se a humildade é digna de respeito ou de admiração, não é um erro ela ser humilde? Parece uma virtude contraditória, que só poderia justificar-se pela sua própria ausência… Como podemos valer se nos desvalorizamos?! Não podemos confundir humildade e consciência pesada, humildade e remorso, humildade e vergonha. Trata-se de julgar não o que se fez, mas o que se é. E somos tão pouco… Haverá mesmo o que julgar? O remorso, a consciência pesada ou a vergonha supõem que poderíamos ter agido de outro modo, e melhor. A humildade constata, antes, que não poderíamos ser melhores. A humildade leva ao amor e todo o amor verdadeiro a supõe. Sem humildade, o “meu EU” ocupa todo o espaço disponível… o outro é visto mais como objecto (mas não de amor!), como rival ou inimigo. A humildade é esse esforço, pelo qual nos tentamos libertar das ilusões que temos sobre nós mesmos. Como são grandes os humildes!!! Eles vão ao fundo da sua pequenez, da sua miséria, do seu nada para se exporem, sem máscaras, ao amor e à Luz.
6 comentários:
É demasiado fácil acusar os outros de serem tudo e mais alguma coisa. É demasiado difícil fazermos uma análise introspectiva e perceber como realmente somos. Normalmente, acusamos os outros de serem aquilo que nós somos, mas que temos muita dificuldade em admitir. Porquê? Porque, mais uma vez digo, é muito mais fácil acusar os outros! Porque temos tendência de transferir para os outros as nossas faltas.
Como tal, não percas muito tempo a reflectir sobre a humildade, pois quem te acusou de falta dela é que deveria olhar para o seu coração e ver o que é que se passa lá dentro.
Haverá momentos em que acabo por cair na tentação de ser pouco humilde. mas isso, não acontece apenas comigo! Acontece com todos nós... Porque somos humanos. Contudo, reconhecer esses momentos, já representa alguma humildade, não?
Já sim. Mas, sinceramente, não ligues a bocas foleiras...
A humildade é uma virtude humilde: ela até duvida que seja uma virtude! Quem diz que a tem, talvez esteja a mostrar que lhe falta… ou a colocar a máscara de um orgulho muito subtil!
Inconsciência? É antes a consciência extrema dos limites de qualquer virtude, e de si. É a virtude dos santos. É essa tristeza verdadeira de sermos apenas nós. Se a humildade é digna de respeito ou de admiração, não é um erro ela ser humilde? Parece uma virtude contraditória, que só poderia justificar-se pela sua própria ausência…
Como podemos valer se nos desvalorizamos?! Não podemos confundir humildade e consciência pesada, humildade e remorso, humildade e vergonha. Trata-se de julgar não o que se fez, mas o que se é. E somos tão pouco… Haverá mesmo o que julgar? O remorso, a consciência pesada ou a vergonha supõem que poderíamos ter agido de outro modo, e melhor. A humildade constata, antes, que não poderíamos ser melhores. A humildade leva ao amor e todo o amor verdadeiro a supõe. Sem humildade, o “meu EU” ocupa todo o espaço disponível… o outro é visto mais como objecto (mas não de amor!), como rival ou inimigo.
A humildade é esse esforço, pelo qual nos tentamos libertar das ilusões que temos sobre nós mesmos. Como são grandes os humildes!!! Eles vão ao fundo da sua pequenez, da sua miséria, do seu nada para se exporem, sem máscaras, ao amor e à Luz.
Quem te acusa teu amigo é!!!
Ou não! Ou nã!
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