terça-feira, 27 de dezembro de 2016

promessas...

Prometi a mim própria que estava fora de questão voltar a gostar tanto de alguém.
Hoje acordei com a sobriedade suficiente para me fazer ver que... não fui capaz de cumprir esta simples promessa.
Gosto. Gosto mesmo muito.
Reconheço que sim.
Preciso criar barreiras que me distanciem deste gostar  e que me coloquem novamente os pés na terra.
Por outro lado, gostava que, pelo menos desta vez, fosse diferente.
Podia, por exemplo, ser vivido. E aproveitado. Podia ser bom para ti. E para mim.
Porém, a mania do discernimento e do 7º sentido, dizem-me que não.
Não é desta vez.
Não é em vez nenhuma.
Enquanto convir, correrá bem... Enquanto eu for pilar, será tudo lindo e maravilhoso.
E depois?
Depois virá alguém por quem te apaixonarás loucamente..
E, mais uma vez, vou ver-te partir..
O pior disto tudo é que, por mais que faça doer, por mais que queira lutar... não serei capaz. E vou deixar-te ir. E vou desejar que sejas feliz. Porque mereces.
Nunca lutei... não vai ser agora que vai ser diferente.
Hoje sinto que já não consigo apagar o que sinto. E muito menos deixar de sentir.
Quero ter esperança para acreditar que... desta vez vai ser diferente.
Mas... tenho para mim que, depois desta turbulência toda, vais partir...
Vais escolher outro caminho qualquer que me vai deixar para trás.
E eu... ao ver-te ir... vou perceber que a vida passou, enquanto a ilusão me fazia crer que tudo podia ser diferente.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Estados d'alma

Dói. Dói mais do que alguma vez doeu.
Fogem-me as palavras. As palavras que um dia fluíram desmesuradamente e que hoje ficam presas e sem sentido.
Não quero trilhar caminhos antigos.
Ambiciono novos percursos. Sem gente. Sem fantasmas.
Caminhos estes que são subidas consecutivas. íngremes. sem fim. Ou sem princípio. Não sei.
A cada passo que dou procuro reinventar-me.
Procuro esquecer-me. Perder-me, talvez. Para não mais me encontrar.
Procuro aquilo que nunca fui e que hoje quero ser.
Só.
Sinto-me cansada. Das mãos vazias que tentam chegar às minhas. Vazias de sentido. Falsas. Oportunistas. Que buscam apenas o seu próprio interesse.
Mesmo com passos pequenos, mesmo exausta, desiludida... prefiro trilhar o caminho sozinha.
Sinto que não mereço mais feridas abertas pelo tempo. Pelas atitudes. Ou mesmo pelas expectativas. As minhas...
A cada passo que dou, certifico-me de quem sou. Ou mesmo de quem fui. Ou do que o passado fez de mim.
Apaixonei-me.
E certifiquei-me que não quero apaixonar-me outra vez.
Doeu. Doeu muito. Abri feridas difíceis de cicatrizar.
Fiquei deslumbrada. Iludida.
Vislumbrei e senti aquilo que não sabia que existia.
Senti o peso da mentira. E dói. Se dói....
Vivi num castelo. Se calhar um castelo por mim imaginado. Feito de nuvens. De sonhos. De gestos não sentidos. Camuflados. De palavras. Que eram apenas e só palavras. Sem sentido. Sem verdade. Atiradas ao vento. Palavras escritas nos sonhos.
Vivi um conto de fadas. Tive um príncipe encantado. E um castelo nas nuvens. Apenas e só.

Amei.
Amei de corpo e alma. Com vontade. Com verdade. Com sentido.
Dei tudo.
Tudo.
Tudo.
Construí este amor. Guardei-o, bem guardado. Com medo de o perder.
E não o perdi!
Afinal, não se pode perder o que nunca nos pertenceu.
Fiz (e faço!) a minha vida girar em torno deste amor paciente, que tudo desculpa, tudo espera e tudo suporta.
Lutei para não o tornar possível. Lutei com todas as forças do meu íntimo para não o deixar criar raízes.
Quanto mais lutava, mais presas elas ficavam...
Desejei não te amar. De verdade que sim. Desejei tanto, tanto que, por mais voltas que desse,... eras tu.
Apenas tu.
Pedi a Deus (vezes sem conta!) que me mostrasse que não era amor.
Mas era.
Mas é.
Sonhei-te.
Construí castelos.
Cheguei a sentir-me a pessoa mais feliz do mundo. Do meu mundo.
No mais íntimo de mim, reconheço... Eras tu. És tu. Serás sempre tu.
Só contigo faria sentido a frase que deu origem a este blog.
Por ti e para ti, continuo a pedir a Deus que sejas feliz. Verdadeiramente feliz.

Hoje...
Reinvento-me.
Sozinha.
Procuro o amor próprio.
Com esperança de algum dia o encontrar...











sábado, 18 de abril de 2015

O mais profundo que temos...

Tenho tentado encontrar as palavras certas.
Não as procurei ontem.
Nem sequer o mês passado.
Nem tão pouco no último ano.
Procuro-as desde que te amo.
E já são muitos dias...
Para cima de 3 000..
Já houve gente que viveu menos dias do que aqueles que te amo.
Sonho com o dia em que tu vais querer ouvir-me.
Ouvir-me dizer, olhos nos olhos, que te amo.
E amo-te tal e qual como és.
Também te amo porque tu me completas exactamente como és.
Amo-te, sobretudo porque tu vives.
Amo-te porque me colocaste borboletas na barriga.... E são mais que muitas. Cada vez mais!
Amo-te até quando o meu coração bate, desconcertado, com a tua presença.
Até te amo na tua ausência! É quando te amo mais...

Foste quem mais fundo chegou... E foste também quem saiu com o que de mais profundo tenho...

Certezas? Poucas... Muito poucas...
Apenas sei que amanhã te vou amar ainda mais do hoje...



terça-feira, 14 de abril de 2015

Um mundo de oportunidades...

"lembra-te: há sempre outra rosa, outra hipótese, outra amizade, outro amor, uma nova força."
(Adaptado de Saint Exupery)

Por entre estas oportunidades há sempre a possibilidade de encontrar pessoas maravilhosas. A sorte tem-me batido à porta. De facto, no caminho que percorro diariamente, às vezes com dificuldade, tenho encontrado quem me dé a mão. Arrisco dizer que, existem também aqueles que, me dão muito mais do que apenas a mão. Dão-me colo. Coragem. Um ombro. Um sorriso. Um abraço. E têm a coragem de, olhos nos olhos, me dizerem um simples "gosto de ti."
Outros existem que... Me presenteiam com a indiferença. Com desdém. Chegando mesmo à inveja...
Tenho pena, e sim... Magoa... A mágoa que sinto faz doer. 

Olhando para trás e mesmo não fazendo parte da minha maneira de ser, arrependo-me de uma decisao do passado... Por tudo o que implica. Por tudo o que perdi. E sobretudo por, agora, perceber que perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida. 

Com toda a certeza te digo: fazes-me falta. Fazes-me mesmo muita falta... 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

enfrentar o medo de naufragar...

Nos últimos meses, tenho fechado algumas das minhas janelas. Sempre as deixei escancaradas... Porém, porque existo e prezo a vida e quero arriscar em ser feliz, é o momento.
Omnia Vincit Amor... continuará a ser o meu lema. Foi um blog. Foi coluna de opinião. Foi aquilo que eu um dia fui. 
Foi aqui que sonhei. 
Foi aqui que escrevi o que sentia.
Foi aqui que semeei o amor, o reguei e, porque não depende de mim, o deixei morrer.

Tenho tentado ser aquilo que nunca fui: desprendida e fria. Tenho evitado saborear o amargo sabor da saudade. Mas apenas tenho tentado. Porque eu não sou assim!



domingo, 10 de março de 2013

Um mundo do meu tamanho

Hoje, numa conversa com uma amiga, concluí que... Se calhar não sinto que as pessoas me esqueceram. 
Se calhar, quero antes que o mundo se esqueça de mim. Se calhar quero continuar aqui. Sozinha.

Nao me sinto presa, nem livre.
Nao me sinto alegre, nem triste.
Não me sinto sozinha, nem acompanhada.
Nao sinto a dor, nem a ausência dela.
Nao sinto medo, nem vontade de enfrentar.
Nao sinto coragem, mas quero caminhar.
Nao sinto. Nao quero. Nao posso. Nao devo. Nao gosto. Nao sou assim.
Amo. E isto sim, interessa.
E estou disponível para continuar a amar-(te) até à eternidade.

sábado, 2 de março de 2013

hoje percebo

Não é fácil aceitar. nem digerir. nem sequer acreditar que será assim.
Ontem percebi. O que Tu queres de mim...
Depois de ter pensado. de ter chorado. de ter quase rejeitado.... hoje rendo-me. Ou se calhar não.  Mais do que me render, se calhar aceito.

nos últimos dois meses, dei por mim a experienciar o que é realmente a solidão. não me queixo. claro que não! afinal, foi definida por mim.

E se no início não foi fácil de gerir, hoje, aceito-a.
hoje percebo que o Projeto que Tu tens para mim, é meu. É para ser construído sozinha. É para ser vivido sozinha.

Sempre fui uma pessoa de sensações. De dizer o que penso. De dizer o que quero, ou simplesmente o que me apetece.

Hoje, desabafo.... Deste estar só, deste aprender a viver sem mimo, sem carinho, sem um simples "gosto de ti", sem abraços.... Custa-me apenas.... destruir um sonho....

Um sonho que me acompanha desde criança, que sempre admiti querer concretizar, que sempre que julgava não ser possível, me partia o coração.

Olhando para trás.... a verdade é que.... SER MÃE não passou de um sonho.... que me acompanhou durante quase três décadas e que hoje faz sentido arrumar na caixinha das recordações.

Aceito, simplesmente. Tentei fugir de Ti, tentei acreditar que, ao contrário do que Tu querias para mim, um dia, a minha vontade, o meu sonho seria concretizável.

Hoje, baixo os braços.... Acabou a luta.... ACEITO, simplemente....

Ainda dói..... De verdade que sim.... mas como alguém me dizia ontem, TUDO PASSA..........

E hoje eu digo....

Encerro um capítulo importante da minha vida de sonhos.

Sem culpas, sem culpados. Encerro-o com um coração pequenino e apertado.... mas com a certeza de que, quando passar, será melhor.